Sancticide é um soulslike de ação, com elementos rogue, desenvolvido e publicado pela Red Square Games em conjunto com a Sylen Studio. Nele, acompanhamos a jornada de Ezechiel, um caçador de pecados que precisa andar por um mundo devastado em busca daqueles que tem contas para acertar com o povo lá de cima.
E aí, será que o título promete? É o que veremos agora, em mais uma preview profética do Pizza Fria!
Pecadores, preparem-se: é hora da caçada
Hora da preview, gente bonita que acessa esse site maravilhoso. Agora, temos em mãos um jogo que nos promete um combate no estilo souls, com toda a dificuldade e rolagens desesperadas que definem o gênero, com um pano de fundo apocalíptico no qual a terra foi devastada e regrediu consideravelmente. Como costuma acontecer nesse tipo de situação, eu imagino.
O game começa nos dando a ideia básica da trama, que envolve um coletor de pecados chamado Ezechiel e sua jornada para encontrar, punir e ceifar todos aqueles que forem marcados pelo pecado. Que, novamente, imagino ser um bocado de gente. O mundo em que vive foi destruído uma vez e, como desgraça pouca é bobagem, está passando por um segundo apocalipse. O bíblico, no caso.
Sancticide, então, nos apresenta um mundo cheio de dor e sofrimento no qual a morte é certa, a alegria é pouca e a vida é curta. Contudo, também podemos ver lampejos de um lugar melhor, no qual nosso protagonista passa certo tempo resolvendo questões mais burocráticas de sua profissão e aproveitando o privilégio de estar do lado oposto da ponta de uma espada.
Visual sagrado, horrores profanos
Ainda que o visual não destoe muito do apocalíptico religioso, com pequenas pegadas romanas, eu até que curti a forma com que certos elementos são representados. Anjos e querubins, por exemplo, são monstruosidades robóticas que, em nada, lembram a visão que costumamos ter em mente. Isso é algo interessante que pode dar bons frutos quando o jogo estiver completo.

Em se tratando de jogabilidade, Sancticide se apresenta como um jogo de ação em terceira pessoa com certas pegadas soul. Por isso, entenda que temos uma barra de fôlego, inimigos que punem qualquer deslize e uma série de mecânicas envolvendo morrer, perder e recuperar. Além disso, podemos usar uma série de poderes e armas diferentes, sejam de fogo ou não.
Além disso, podemos usar uma série de poderes e magias para nos dar aquela vantagem sobre a oposição e, até, manipular o cenário. Empurrar, puxar, atear fogo, atrasar o tempo e por aí vai. São adições legais que, se bem usadas, nos dão a vantagem necessária para garantir que nossos combates contra os diversos pecadores e abominações não terminem em lágrimas.
Sancticide também propõe mecânicas que envolvem o uso de armas liberadas, ou não, pelos poderes superiores. Sermos contra ou a favor das ordens de nossos superiores, mesmo em coisas pequenas como qual espada usar, podem ter efeitos na forma como interagimos com o mundo e da forma que ele o faz conosco. É algo interessante e que acredito ter muito potencial.

Contudo, muitas das mecânicas e propostas de Sancticide não estão funcionando como deveriam. Eu sei, leitor, que jogos em acesso antecipado possuem problemas. Eu entendo, leitora, que esse tipo de coisa é esperado. De fato, é mesmo! Contudo, o jogo apresenta uma série de problemas e dificuldades que tornam muito complicado de aproveitar o que é oferecido no momento.
Por exemplo, em diversos momentos fiquei agarrado porque a roda de seleção de poderes e armas parava de funcionar. Sendo assim, não consegui usar o poder de empurrar para abrir certas portas. Do outro, perdi acesso as armas brancas e fiquei apenas com um rifle sem munição. Ou, ainda, morri e percebi que não havia nenhum lugar ou instrução para recuperar minha experiência ou itens.
E isso se faz presente em vários outros pontos de Sancticide, o que é digno de nota mesmo se tratando de um jogo em acesso antecipado. Oras, diversos títulos com a mesma proposta apresentam dinâmicas mais redondas e funcionais, permitindo que o conteúdo sendo apresentado seja algo possível de jogar sem maiores dores de cabeça. Hades 2 é um bom exemplo disso.

O que esperar de Sancticide?
Ao fim e ao cabo, leitores e leitoras, saí com sentimentos mistos de meu tempo com Sancticide. Achei a proposta interessante, ainda que não vá muito além do que costumamos ver em mídias que unem um apocalipse religioso, ou elementos dele, com magia e combate. Mas, de todo modo, a representação de certos elementos e de como a cultura humana se apresenta pode ser bem promissor.
Contudo, acho que é preciso esperar um pouco mais de tempo para ver o que o título realmente tem para oferecer, mesmo que eu sua infância. Dados os problemas atuais, qualquer opinião formada pode ser muito afetada por conta desses problemas que falei, ou de questões mais cruas sobre a apresentação audiovisual do jogo. Ao fim e ao cabo, acredito que ele precisa de um bom tempo a mais no forno para poder mostrar ao que veio ou, na real, promete ser.
Sancticide será lançado nesta quinta-feira, 12 de fevereiro, em acesso antecipado para PC, via Steam.
*Preview feita em um PC equipado com uma GeForce RTX, com código fornecido pela Red Square Games.