Blasphemous Análises Nintendo PC PlayStation Xbox

Blasphemous | Review

A The Game Kitchen, após alguns anos de desenvolvimento e investimento da comunidade, lançou oficialmente Blasphemous no dia 10 de setembro de 2019. O jogo, que seria apenas mais um no estilo Metroidvania, conseguiu inovar em alguns pontos, mas em outros não. E abordaremos esses aspectos nesta crítica.

Cenários e Monstros Obscuros

Quando pensamos em jogos no estilo metroidvania, geralmente imaginamos esqueletos, lobisomens ou ainda bruxas. Mas Blasphemous não é bem assim. Ele traz monstros carregados de elementos de morte, cores marcantes que remetem a coisas mórbidas ou ainda com movimentos que nos trazem desconforto, remetendo a uma aura desconfortante. O jogo é intrigante nesse aspecto mórbido.

O penitente, a figura central do jogo, é um personagem macabro que usa uma espada chamada Mea Culpa e usa um capacete que armazena o sangue dos seus oponentes. Essa é a forma da qual ele se utiliza para ficar mais forte – trocando pontos de experiência em altares através das Lagrimas de Expiação.

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O protagonista enfrentará legiões de inimigos. (Imagem: Divulgação)

Mecânicas inovadoras?

Blasphemous é diferente dos jogos que são lançados no mesmo estilo, que tentam sempre trazer coisas novas, habilidades ou ainda equipamentos que possam enriquecer a experiencia de quem joga. Esqueça tudo isso. Blasphemous não se preocupa em trazer algo muito inovador. A mecânica de combate simples, as magias comuns e o famoso dash para conseguir escapar dos ataques também fazem parte de sua fórmula.

O que o game faz questão de mostrar que trouxe de novidade é a forma na qual o personagem consegue neutralizar o ataque oponente e assim abrir uma janela de tempo para que possa contra-atacar. Dessa forma, espera-se que os combates se tornem repetitivos e o diferencial fica a cargo dos cenários que podem encher uma mesma parte com muitos oponentes.

Mesmo quando se encontra os chefões, nada muda: são as mesmas batalhas e as mesmas formas de se vencer, o que novamente traz a sensação e já ter feito aquilo e de que nada mudou após longas horas de jogo.

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Os chefes são assustadores, mas repetitivos. (Imagem: Divulgação)

Simples, mas marcante

Os pontos mais altos do jogo estão sempre ligados as belas (e olhe que ironia!) animações. Seja com os chefes, que morrem de forma brutal, ou os cenários preparados para matar o penitente, com ácidos, terrenos escorregadios, fogo e lava.

Como todo metroidvania que se preza, Blasphemous faz com que o jogador tenha que escolher entre os caminhos e ainda assim, tenha que voltar com certa frequência para que possa concluir algum objetivo ou, no caso do jogo, voltar para pegar seu espirito. Isso acontece pois toda morte faz com que parte do penitente fique no local do ocorrido.

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Blasphemous tem um visual bem macabro. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar Blasphemous?

O jogo é um bom passatempo, porém não deve ser a prioridade. Pois quando se pretende jogar algo profundo ou do estilo metroidvania, vale mais a pena jogar Hollow Knight ou Ori and the Blind Forest. Talvez aproveitar uma boa promoção seja uma boa opção. O título está disponível para PC, via Steam, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch.

*Review elaborada no PC, com código fornecido pela Team17.

Blasphemous

8.4

História

9.0/10

Jogabilidade

7.5/10

Gráficos e sons

9.0/10

Extras

8.0/10

Prós

  • Gráficos bem detalhados
  • Intrigante e envolvente

Contras

  • Mecânica muito simples
  • História pouco explorada

    1 Comment

    • […] Sua narrativa trata sobre “O Milagre”, uma maldição que caiu sobre a terra de Cvstodia e todos os seus habitantes. Além disso, a trama se passa em uma terra de religião e superstição, com múltiplas influências do cristianismo. Ou seja, espere um título ousado por aqui. Aliás, há uma crítica nossa sobre o game que pode ser acessada aqui. […]

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